O tema da madeira recuperada já foi abordado várias vezes nas páginas da revista. Desta vez, optámos por apresentar um projeto que fizemos com madeira recuperada de paletes. Trata-se de um tampo de mesa de jardim. O transporte de mercadorias envolve muitas paletes que são frequentemente utilizadas como lenha. Mas podem ser uma óptima fonte de madeira recuperada. A mesa de jardim da foto abaixo, com pernas de metal e tampo com estrutura metálica, precisava de ser reparada. O tampo de cimento e poliestireno, coberto com peças de cerâmica, tinha-se deteriorado com a passagem do inverno. Daí a ideia de a substituir por uma de madeira.
Projeto e materiais necessários
Começámos por fazer o projeto para ver que materiais precisávamos. Como o tampo da mesa é amovível, não foi difícil substituí-lo. Sendo bastante comprido - 1,8 metros de comprimento e 0,8 metros de largura - um simples tampo com as tábuas encostadas a duas outras tábuas colocadas perpendicularmente não aguentaria a pressão e deformar-se-ia. Por isso, decidimos fazer primeiro um suporte para a bancada, uma estrutura feita de armários de madeira que sobraram de outro trabalho.
Inicialmente, queríamos desmontar as paletes para recuperar a madeira. Mas como se trata de europaletes de classe 1, a sua desmontagem revelou-se muito difícil. Assim, as tábuas para a mesa foram cortadas da palete utilizando a madeira entre os pontos de força laterais.
Para além da madeira, também precisámos de 4 parafusos (8 mm) para fixar o tampo às pernas metálicas, cola (aracite resistente ao exterior), cavilhas (8 mm) e materiais de acabamento resistentes ao exterior.
A execução da bancada
Para a estrutura da mesa, foram utilizadas duas peças de madeira de 1,7 metros de comprimento e quatro de 0,7 metros, colocadas perpendicularmente. Colocámos 4 peças de madeira perpendiculares para aumentar a resistência do tampo da mesa no meio da mesa. A armação foi pregada a partir de 2 peças longas e 2 curtas, e as outras 2 peças curtas foram colocadas paralelamente aos lados curtos da armação, a 0,4 m de distância, em reentrâncias cinzeladas à mão.
Fizemos furos para os parafusos de fixação e, como não tínhamos parafusos de cabeça embutida, fizemos pequenas reentrâncias na madeira para "enterrar" a cabeça do parafuso.
Em cima desta estrutura foram colocadas tábuas recuperadas de paletes, escolhidas para terem a mesma espessura e largura. Os lados foram aplainados para se ajustarem bem uns aos outros, sem insistir num aspeto rústico. Como as tábuas são mais curtas do que a mesa, tiveram de ser unidas.
A junção não foi efectuada para todas as tábuas no centro da mesa, mas alternadamente, seguindo o padrão da junção do pavimento. A fixação das tábuas à estrutura foi efectuada com cavilhas e chaves inglesas. Primeiro, fizemos os furos com o berbequim, depois as cavilhas foram marteladas. Por fim, a bancada foi endireitada à medida com a serra.
Lixagem e acabamento de antiguidades
Depois de fazer o tampo, começámos a preparação do branco. Para o aspeto antigo que pretendia, já havia amolgadelas, buracos de pregos e riscos. Alisei um pouco mais as arestas e depois lixei toda a superfície, sem insistir. Lixagem a branco foi efectuada com uma lixa de grão 150 e depois de grão 180.
A finalização foi efectuada em 2 fases, uma vez que algumas ideias foram mudando ao longo do processo. Inicialmente pensámos que seria branco e leve antiquado. Começámos por aplicar uma camada de impregnante branco para o exterior.
Depois de bater o impregnante, virei a bancada do avesso e apliquei uma camada completa de verniz exterior transparente em cruz.
Voltei a passar pela parte da frente da bancada e lixei o impregnante branco para o remover em algumas áreas. De seguida, aplicámos 2 camadas de verniz transparente para exterior, pulverizado com lixar entre camadas.
Voltámos ao projeto passadas duas semanas
Depois de aplicar 2 camadas de verniz, considerámos o projeto terminado. Mas tivemos de o continuar passadas 2 semanas por duas razões. Uma porque todos chegámos à conclusão de que a parte de trás da bancada precisava de ser lixada e de outra camada de verniz e a segunda porque queríamos aplicar uma pátina escura para realçar ainda mais os defeitos das tábuas.
Então, a Foi novamente desmontado e lixado muito bem no verso, insistindo na moldura e nas zonas com extremidades de fibra onde a superfície é mais áspera. De seguida, apliquei uma nova camada de verniz incolor no exterior.
Depois de lixar, apliquei uma camada de pátina de nogueira escura diluída com álcool industrial na parte da frente do tampo.
Como a pátina ficou bem presa logo após a lixagem, teve de ser lixada à máquina, o que acabou por ser uma vitória.
A mesa assumiu um carácter aspeto rústico interessante, uma mistura de todas as camadas intermédias - madeira, areia branca e pátina com diferentes graus de lixagem. Sobre a pátina polida foi aplicado o verniz transparente exterior.
Os materiais de acabamento que utilizei são para uso industrial, mas pode encontrar produtos semelhantes em lojas de bricolage.
No final, fizemos uma mesa rústica com madeira recuperada, que podemos colocar ao lado deo banco restaurado há algum tempo.
Artigo interessante, e estou a trabalhar numa mesa de madeira de europaletes.
Sim, um belo trabalho, há muito para aprender,
vejam o que duas mãos (mentes) hábeis podem fazer... muito bom trabalho... parabéns
Muito bom! Parabéns! À espera de outras ideias, soluções.
Sim, gostei! Todas as casas precisam de um Florin, mas ....! Parabéns!
Muito bom e útil... CONGRATULAÇÕES!
BOM.DIA.SENHOR.FLORIN
COMO.RESOLVEU.O.PROBLEMA.E.O.QUE.FEZ.PARA.GARANTIR.QUE.DEPOIS.NÃO.SE.FISSURE.
MUTIMIM...