5 conselhos simples para principiantes sobre vernizes e aparelhos

Entre as grandes fábricas de mobiliário e os entusiastas da bricolage, há uma categoria crescente de carpinteiros com as suas próprias oficinas, que são empresários e empregados em igual medida. Tive o prazer de conhecer alguns deles e descobri que alguns deixaram empregos em direito, informática, cenografia ou engenharia automóvel para seguir a sua paixão. São perfeccionistas na madeira, tentam fazer tudo o melhor que podem, pesquisam e não deixam nada ao acaso.

Mas quando se trata de dar acabamento a objectos ou móveis feitos com tanta atenção ao detalhe e delicadeza, alguns deles nem sempre fazem as melhores escolhas. Compram vernizes nas lojas de bricolage sem grande esforço e, se já desistiram do pincel, decidem comprar também uma pistola de pulverização qualquer, pensando que, por ser barata, podem comprar outra quando esta começar a ter problemas. Foi a pensar neles que decidi escrever estas dicas simples.

Quero ser muito claro desde o início. Isto não é sobre toda a gente nesta profissão, nem é uma abordagem superior ao assunto. Simplesmente, gosto desta nova geração, estou impressionado com o seu desejo de melhorar e quero ajudar, partilhando os conhecimentos que adquiri ao longo de uma vida dedicada ao trabalho da madeira, sabendo que também posso aprender muito com eles.

O conselho que quero dar agora não é sobre como funciona efetivamente um principiante no acabamento. Trata-se de encontrar um fornecedor sério de materiais e de sistemas de aplicação em que se possa confiar sempre que precisar de aconselhamento e, sobretudo, quando surgirem problemas. Por isso, na minha opinião, deve:

• utilizar produtos profissionais de fornecedores de vernizes e tintas para madeira ou dos seus distribuidores. Desta forma, terá produtos especialmente formulados para aplicação em madeira e o apoio técnico necessário para obter um produto de qualidade. Não se esqueça. Pode fazer um produto maravilhoso com juntas perfeitas dignas de carpintaria tradicional japonesaMas se aplicarmos um mau verniz, tudo fica comprometido;
• solicitar todas as informações necessárias, bem como as fichas de dados do produto ou quaisquer outros documentos que contenham dados técnicos sobre o produto;
• Pergunte pelo técnico da empresa, apresente-se, peça o seu número de telefone. Em caso de dúvida, é bom perguntar e esclarecer tudo antes de começar a trabalhar. Evitará muitos aborrecimentos e, sobretudo, muitos materiais perdidos. Todas as empresas deste género têm técnicos bem formados e é uma pena não utilizar um serviço que lhe é posto à disposição gratuitamente;
• Compre pistolas de pintura e equipamento de pulverização a empresas especializadas. Diga-lhes o que vai fazer com o equipamento e peça-lhes conselhos. Eles têm todo o interesse em dar-lhe a melhor solução, porque sabem que é a eles que deve recorrer se tiver problemas.
• não compare o preço do equipamento profissional com o preço praticado no supermercado ou nas lojas de bricolage. Embora pareçam iguais, não o são. O preço da loja de bricolage será sempre mais atrativo, mas pode não corresponder ao nível de desempenho do equipamento profissional;
• comprar equipamento com o mesmo cuidado com que se compram ferramentas para trabalhar madeira. Se pensar desta forma, verá que a abordagem será diferente. Se os cinzéis ou o equipamento que utiliza para trabalhar a madeira são da melhor qualidade, por que razão compraria uma pistola da qual não tem a certeza da qualidade, arriscando-se a estragar todo o trabalho que fez até à fase de pulverização?

Pode pensar que estas são dicas triviais, mas são sempre as pequenas e insignificantes coisas que mais nos atrapalham. No outro dia, estava a falar com Gabriel Mănoiu, da Falk Consultingdistribuidor de equipamento de pulverização na Roménia Sames-Kremlin. Os seus equipamentos são os mais vendidos no país, com pistolas tanto para pequenas oficinas de carpintaria como para instalações sofisticadas em grandes fábricas de mobiliário.

Pedi-lhe que me desse 5 conselhos que daria a um principiante em pulverização. Estava à espera de coisas extravagantes. Na verdade, recebi os conselhos mais simples e de senso comum. Tudo começa com coisas simples e aparentemente triviais que muitas vezes tendemos a ignorar. Aqui ficam os conselhos de Gabriel Mănoiu:

• Utilizar sempre o bico adequado na pistola, em função do material e da superfície a ser acabada;
• Ajustar a pressão e a abertura do jato de acordo com o material utilizado e a superfície a ser acabada;
• Segure a pistola perpendicularmente à superfície a ser acabada e "caminhe" com ela sobre a superfície, não a pendure;
• Pulverizar o mais possível sobre a superfície e o menos possível fora dela. Isto evita o desperdício. No entanto, não vá para o outro extremo, não pulverize para fora, pois vai "falhar" as bordas. A quantidade depositada nas extremidades será menor do que a depositada no centro;
• Seguir as instruções de mistura e diluição na folha de dados do produto. O assentamento na superfície, os derrames de material e a qualidade da superfície dependem muitas vezes da forma como foi feita a preparação do material e menos da qualidade e da regulação da pistola de pulverização.

É desarmantemente simples, não é? E, no entanto, que grandes problemas podem surgir se forem ignorados!